13 de dezembro de 2009

Documentário - Uma Vez Escoteiro... ...sempre cidadão!

Durante os meses de outubro e novembro de 2010, três alunos do Curso de Jornalismo da Universidade de Caxias do Sul produziram um documentário sobre o Movimento Escoteiro. A idéia surgiu por meio do Sênior Gabriel Rodrigues que sugeriu ao seu irmão (um dos alunos da disciplina), Samuel Rodrigues, que falassem sobre o Escotismo. Após uma votação na turma e o aval da Professora, o documentário sobre o Movimento começou a ser gravado. Foram feitas gravações na sede do Grupo Escoteiro Baden Powell, em um Bivaque na sede do Grupo Escoteiro Barão de Teffé e no Acampamento de Integração Escoteiro e Bandeirante realizado em São Marcos.

Documentário

Uma Vez Escoteiro...
...sempre cidadão!



“O escotismo é um lugar onde a gente faz amizade, aprende, se une, e fica alegre”

Caxias do Sul é uma cidade com tradição no Movimento Escoteiro. Entre os seis Grupos o mais antigo tem 45 anos e os outros têm mais de 20 anos. Aos sete anos de idade, meninos e meninas fazem a promessa escoteira e começam sua escalada dentro do movimento. A partir da promessa, suas vidas e a de suas famílias vão ser recheadas de histórias, aventuras e alguns tombos e machucados que as deixarão marcados pelo resto da vida.

“Eu entrei faz quatro anos e entrei por que tinha amigos que participavam e diziam que era muito bom”, conta Leonardo Braga, Escoteiro do Grupo Escoteiro do Mar Barão de Teffé. Já o Escoteiro, Gabriel Carminatti Polidoro, também do Barão Teffé, conta que “por causa da ecologia e do meio ambiente acabei me interessando”. Para o Escoteiro do Grupo Imigrante, Vinícius Fonseca, a situação não é diferente. A influência de conhecidos foi fundamental para que entrasse para o Movimento. “Eu tinha uma prima que era escoteira e ela começou a falar que era bem legal e daí me interessei”.

O ramo lobinho é a primeira etapa do Movimento Escoteiro. Ele é baseado no Livro da Selva, tendo Mogli, o Menino Lobo, como personagem principal. Fazem parte dele crianças dos sete aos onze anos de idade. Para o lobinho do Grupo Escoteiro Baden Powell, Augusto Bado, o escotismo “é tipo uma forma de vida, diferente da vida da cidade. A gente vai acampar e faz um monte de coisa”. A lobinha do mesmo Grupo, Nicoly Caroline Pedroso, conta que “primeiro entrou meu primo, e depois minha tia e meu tio que hoje são chefes. Eles queriam que eu ficasse e foi o que eu fiz”.

Um dos avanços cobrado das crianças nessa fase é o bom desempenho escolar. O escotismo não deve interferir nos estudos e sim complementar a educação. Nessa idade a participação dos pais é muito importante, eles atuam como incentivadores para os filhos darem o melhor de si. O Chefe do Grupo Escoteiro Imigrante, Carlos Silva, mais conhecido como Carlão, conta que “tenho meus dois filhos, a menina e o menino. Ele já está como Pioneiro hoje. Foi muito interessante, o pai sempre de calça curta, indo e vindo e acampando e eles resolveram um dia ir e foram. Não foi nada do tipo vocês têm que ir porque teu pai é. Não, foi do tipo ‘eu quero ir”. Carlão também fala sobre a importância dos pais dentro do Grupo Escoteiro. “Nós temos pais que trabalham muito, que tão lá dentro, que participam que estão ativos sempre. Batendo ponto regularmente, em meios de semana, final de semana, sempre. Trabalhando no campo como cozinheiro, até encontramos muito bons chefes que acabam vindo para o Movimento junto com os filhos e acabam ficando”.

O Chefe do Grupo Escoteiro Saint Hilaire, Eron Stumpf, é um exemplo de pai que entrou no Grupo por causa dos filhos e mesmo que eles já tenham saído ele e a esposa continuam como Chefe. “A gente assumiu funções dentro do Movimento porque meus filhos cresceram aqui dentro. Hoje eles não participam mais, pois estão com atividades no trabalho, já estão formados e a gente continua”.

Muitos pais, inclusive, entram no Movimento como Chefes ou auxiliam na parte executiva. Afinal, participar é muito mais do que lavar o uniforme sujo de lama do último acampamento. Para Fabiana, mãe de uma loba e de um escoteiro no Baden Powell, o escotismo auxilia na relação entre pais e filhos principalmente na adolescência. “Nós estamos sempre apoiando, levando, buscando, criando atividades pra eles, indo acampar junto, viajar. Eles chegam nessa fase da adolescência, habituados a terem os pais juntos e a gente também, por outro lado, consegue acompanhar o ritmo da vida deles até que eles cheguem na fase adulta”.

A próxima etapa talvez seja a que traz mais roupa suja para casa. O ramo escoteiro, dos dez aos quinze anos, é voltado para a vida em equipe, com ênfase na autonomia, liderança e contato com a natureza. “O Movimento Escoteiro ele não é só um movimento de diversão, ele é uma forma de educação reconhecida pelo MEC”, explica o Chefe do Barão de Teffé, Jeferson. Já a Chefe Aline considera o Escotismo uma filosofia de vida. “É uma maneira diferente de passar valores para as crianças, não atrás de uma mesa, não escrevendo, mas fazendo”.

A escoteira do Grupo Saint Hilaire, Gabriela Fontana, há três anos no Escotismo considera “a oportunidade de ser escoteiro como uma maravilha devido ao aprendizado, o convívio com as outras pessoas, as amizades, e com certeza seremos um ser humano com uma boa educação”.

A próxima etapa na escalada é o ramo sênior. Nesta fase os jovens de 15 a 18 anos realizam atividades comunitárias e aumentam as dificuldades nos desafios junto à natureza. “O principal motivo que me faz continuar são as amizades aqui dentro. A aventura, agora no ramo sênior principalmente. E sabendo agora que eu vou entrar para o ramo pioneiro, que a gente vai ajudar as pessoas, nós vamos servir que é o nosso lema, me faz mais vontade ainda de continuar participando”, explica o Sênior do Baden Powell, Gabriel Rodrigues.

A última fase tem o lema de servir. Os pioneiros, dos 18 aos 21 anos, desenvolvem projetos e ações comunitárias e já auxiliam dentro do próprio Grupo Escoteiro. Para a Pioneira do Baden Powell, Roberta Chiapinotto Boff, “não têm palavras para descrever, porque é uma sensação única que foi a minha personalidade ter crescido aqui dentro e eu devo muito ao escotismo”. O pioneiro, também do Baden Powell, Gabriel Stedile conta que entrou por intermédio da irmã. “Ela entrou primeiro, me falou muito bem do movimento e uns meses depois eu ingressei. Gostei e acabei ficando”.

A progressão de acordo com a idade dentro do movimento acaba no ramo pioneiro, mas não é o fim. O único limite no escotismo é a vontade de continuar, e quem entra e completa todas as etapas nunca tem vontade de parar. Um exemplo disso é o Chefe do Grupo Escoteiro Moacara, José Ferreira Machado, que é o Escoteiro mais antigo da América Latina ainda em atividade. “Bem na frente da nossa casa havia um campo grande onde a gurizada jogava futebol. No sábado a tarde eu via escoteiros ali, que iam fazer a reunião naquele campo, naquele mato”, relembra Machado de quando conheceu o Escotismo. “Isso me apaixonou, e mais ainda porque na época eles tocavam tambor e clarim e essa era a minha paixão e por isso entrei para o Escotismo. O homem que eu sou hoje, mais de 90% eu devo ao Movimento Escoteiro. Ao método educador do Movimento Escoteiro”. Machado termina dizendo que “Eu quero levar isso adiante. Há de chegar um momento em que a humanidade vai ficar de boca aberta e vai dizer: ‘nós não sabíamos que aquele Movimento chegou a tal ponto, eu sonho com isso”.

Ficha Técnica:

O Documentário é uma produção da Universidade de Caxias do Sul, Centro de Ciências da Comunicação. Produzido na Disciplina de Telejornalismo IV no Curso de Comunicação Social, Habilitação em Jornalismo. Professora Ms. Marliva Vanti Gonçalves. Alunos: Andressa de Lima Pigatto, Gabriela Alcântara da Silva e Samuel da Rosa Rodrigues. Imagens: Ale Silva, Daniel Vargas e Dirceu Borba. Edição: Ale Silva Data: Dezembro de 2010

Pois é Chefe Machado, não é só você que sonha com isso... Todos nós que somos escoteiros continuaremos com o nosso Espírito Escoteiro cada vez mais forte, só assim para que cada vez mais pessoas conheçam e possam participar dessa maravilha que é o Escotismo.

Existe um documento na internet intitulado “Graças a Deus pelo Escotismo”. Nele há o seguinte texto:

O Escotismo é receita simples: consiste em misturar um monte de diversões com abundância de atividades ao ar livre, ao mesmo tempo em que se acrescentam de forma gradativa habilidades escolhidas para cada faixa etária da criança. Ao longo do Escotismo, tudo funciona assim. Aprender a sentir e assumir a responsabilidade no mundo de hoje e ficar preparado para o mundo de amanhã.

Esse parágrafo resume todo esse texto e o Documentário produzido pelos alunos da UCS. Aos alunos, câmeras, professora, motoristas da Universidade, sintam-se agradecidos com três bravos e uma palma escoteira de todos os membros do Grupo Escoteiro Baden Powell, e acredito que também de todos os escoteiros do 26º Distrito Escoteiro do Rio Grande do Sul. Eu (Gabriel) sei bem como foi para o pessoal gravar esse documentário. É uma pena que não apareceram membros de todos os Grupos de Caxias. Porém, acredito que se cada um fizer um pouquinho para divulgar e valorizar o Escotismo além das atividades de sábado a tarde dentro das nossas sedes, com certeza, estaremos fazendo tudo aquilo que Baden Powell propôs aos garotos ingleses há mais de um século atrás... construir um mundo melhor.

Se quiser complementar com algo, divulgar para seu Grupo, passar aos amigos, mostrar aos parentes, qualquer coisa que queira, comente abaixo! =)

Sempre Alerta!

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3 comentários:

  1. TU TRANSCREVEU O TEXTO INTEIRO!
    cudiona... ou tu copiou do roteiro?
    enfim... que bom que curtiu =)

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  2. transcrevi, devo ter visto umas 3 vezes =D fui dormi de novo la pelas 2 da manha, se tu tivesse me entregado o roteiro teria sido mais facil hahahaha

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  3. a comunicação intra-familiar eh algo muito bunito neh...

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