Você lembra da última vez em que fez algo pelo próximo? Limpou o guarda-roupa e separou algumas peças para doação, passou uma tarde em um orfanato ou asilo fazendo companhia para um desconhecido, auxiliou na triagem de doações de campanhas realizadas na sua cidade? Quem sabe essa seja uma boa hora para pensar em como você pode ajudar a melhorar o lugar em que você vive.
O voluntariado é uma prática muito comum entre os jovens americanos e europeus, universitários principalmente. Em uma atividade de integração com o Clã Sir Gawain do Grupo Escoteiro Paranhana, de Três Coroas, em 2011, conhecemos um jovem alemão que estava fazendo trabalho voluntário em um orfanato na Serra Gaúcha. Aqui no Brasil esse tipo de atividade ainda não tem uma repercussão tão grande como lá fora, mas aos poucos algumas entidades começam a mudar esse paradigma e incentivam cada vez mais crianças, jovens e adultos a dedicarem seu tempo para o trabalho voluntário. Ao mesmo tempo, as empresas estão cada vez mais interessadas em novos profissionais que fazem trabalho voluntário. É uma prática que indica pró-atividade, interesse em fazer a diferença e a capacidade de trabalhar em equipe. E o principal diferencial, sem a obrigatoriedade de um retorno financeiro ou acadêmico, como são os estágios.
Esse pequeno ‘detalhe’ nos currículos está fazendo a diferença nos processos de seleção pelo Brasil.
O voluntariado ajuda a desenvolver habilidades que fogem do padrão profissional de um estágio. Enquanto no trabalho foca-se apenas nos resultados e no cumprimento de metas e objetivos, o voluntariado ajuda a desenvolver a consciência social. Fica mais fácil perceber e entender os problemas, já que acaba-se fazendo uma analise do ponto de vista de outras pessoas. Isso cria um sensibilidade maior no profissional e o ajuda a alcançar mais facilmente os objetivos que lhe foram propostos.
É muito comum as pessoas serem extremamente solidárias quando ocorre uma tragédia ou algo parecido. E, infelizmente, isso vem acontecendo com cada vez mais frequência. O brasileiro tem seus prós e contras nessas situações, ao mesmo tempo em que são coletadas toneladas de doações, são inúmeras as denúncias de desvios e donativos que não chegam ao local destinado.
O que deve ser mudado é essa “consciência social” de cada um que está lendo esse post. Não deve-se doar apenas quando ocorre uma tragédia. Todo o dia, toda a hora, é o momento para fazer o bem por alguém. Ao terminar de ler esse post vá até seu armário e separe aquele abrigo que não usa mais, com certeza alguém vai estar precisando agora que o frio vem chegando mais forte. São inúmeras cidades que já começaram suas Campanhas do Agasalho, aproveite a oportunidade.
E para quem estiver disposto a doar mais um pouco do seu tempo, informe-se aonde está sendo feita a triagem das doações. Tão importante quanto doar, é certificar-se de que essas doações chegarão a quem necessita delas. O trabalho voluntário faz bem para quem o realiza e para quem é beneficiado, algumas horas por semana já irão fazer a diferença na vida de alguém. Afinal, todos somos iguais e devemos ter as mesmas condições de conforto e dignidade. Não devemos menosprezar, e sim prezar pelo próximo. Ao invés de descuidar, devemos cuidar. E quando nos pedem ajuda, ao invés de negar, devemos abnegar daquilo que às vezes consideramos de mais sagrado, o nosso tempo. Dessa maneira estaremos transformando a realidade de muita gente.
Para saber mais sobre essa atividade em 2011 leia o post no Blog do Clã Pioneiro Zumbi
Links interessantes:
Voluntariado pega bem no currículo – Estado de São Paulo, 30 de Nov.2010
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